Perfil do México

Nome oficial:Estados Unidos Mexicanos

Localização: América do Norte, delimitado ao norte pelos Estados Unidos da América, a leste pelo Golfo do México e pelo Mar das Caraíbas, através dos quais se aproxima de Cuba, a sul pela Guatemala e por Belize, e a oeste pelo Oceano Pacífico. Além do território continental e ilhas adjacentes à costa, o México inclui também as Ilhas Revilla Gigedo, localizadas no Oceano Pacífico, a mais de 400 km a sul do Cabo San Lucas, na Baixa Califórnia

Clima: tropical (maior parte), árido tropical (Norte), de montanhas (região montanhosa do centro)

Capital: Cidade do México

Idioma Oficial: Espanhol

Moeda: Peso mexicano (R$ 1 equivale a 7,06 pesos mexicanos, na cotação de 23/11/11)

Fuso Horário: UTC – 6/8H/ -3h em relação a Brasília Área: México possui uma área de 1.972,547 km², ocupando o 14º lugar no mundo em extensão territorial

População: É o mais populoso país de língua espanhola do mundo e o 2º mais populoso da América Latina, depois do Brasil. Sua população é de 112,3 milhões (estimativa 2010)

Densidade demográfica: 57 hab./km²

Crescimento demográfico: 1,5% ao ano

Taxa de analfabetismo: 7,2%

Etnias: 80% da população é mestiça de uma forma ou de outra, a proporção de ancestralidade européia e indígena são aproximadamente uniformes

Renda per capita: US$ 13.900 (estimativa 2010)

IDH: 0,770 (Pnud 2011) – desenvolvimento humano alto

Religião: cristianismo 94,6% (católicos 89,7%, protestantes 4,9%), judaísmo 0,1%, sem religião 3,2%, outras 2,1% (1990)

Data Nacional: 5 de fevereiro (Dia da Constituição); 16 de setembro (Independência); 20 de novembro (aniversário da Revolução)

Felipe Calderón

Administração: Administrativamente o país está dividido em 31 Estados e um Distrito Federal, onde se encontra sua capital, a Cidade do México O atual presidente do México é Felipe Calderón (PAN), eleito em 2006

Economia:

Produtos Agrícolas: café, algodão em pluma, cana-de-açúcar, tomate, milho, trigo, sorgo, feijão, batata, frutas cítricas

Pecuária: bovinos, suínos, equinos, aves

Mineração: petróleo, gás natural, sal, prata, zinco, cobre

Indústria: automobilística, alimentícia, bebidas, siderúrgica, química, máquinas (elétricas), extração e refino de petróleo

PIB: US$ 1,56 trilhão (estimativa 2010)

Principais parceiros comerciais – E.U.A., Canadá, Japão, Espanha, Chile, Brasil (o México é o 9º mais importante parceiro comercial do Brasil)

Desemprego: 2,2%

Terremoto atinge sul do México

Um terremoto de magnitude 6,2 atingiu neste sábado (21) a costa de Chiapas, Estado ao sul do México. Os tremores foram sentidos da capital Tuxtla Gutierrez até Tapachula, fronteira com a Guatemala.

Até o momento não há registros de feridos ou de maiores estragos. O terremoto, que ocorreu às 12h47 no horário local (16h47 em Brasília), quebrou janelas em Tuxtla Gutierrez e fez com que moradores assustados corressem para as ruas em diversas cidades de Chiapas.

O porta-voz da agência de proteção civil do Estado afirmou que apesar de o tremor ter causado pânico, não há registro de feridos. Segundo seu comunicado, o terremoto foi sentido com força na capital do Estado, em Tapachula e em Comitan.

O serviço geológico americano disse que o epicentro foi no Oceano Pacífico a cerca de 57 km ao sul da cidade de Mapastepec, na costa próxima à fronteira com a Guatemala. Sua profundidade foi de 66,1 km.

Fonte: iG

Narcotráfico fez 47 mil vítimas no México

O governo mexicano afirmou que mais de 47 mil pessoas já morreram por conta da onda de violência relacionada ao tráfico de drogas que eclodiu no país desde que o presidente Felipe Calderón iniciou uma campanha militar contra os cartéis criminosos, em dezembro de 2006.

Segundo a Procuradoria Geral da República, 47.515 assassinatos ligados a drogas ilícitas foram registrados desde dezembro de 2006 até setembro do ano passado.

O número de mortes subiu 11% nos primeiros nove meses de 2011, se comparado com o valor registrado durante o mesmo período de 2010.

Os procuradores afirmaram na nota oficial que 70% das mortes aconteceram em oito dos 32 Estados do México.

Os dados oficiais sobre a guerra ao narcotráfico no México são frequentemente questionado por organizações humanitárias domésticas e internacionais.

Em novembro, um grupo de ativistas mexicanos apresentou ao Tribunal Penal Internacional (TPI) um processo por crimes contra a humanidade contra Calderón, por considerar que sua luta contra o narcotráfico causou mais de 50 mil mortes.

Além da Calderón, foram identificados como responsáveis pelos crimes altos cargos do Exército e os chefes dos principais cartéis da droga, que geraram uma crise humanitária.

Fonte: Diário do Nordeste

Presidente do México alerta que cartéis ameaçam eleições presidenciais de julho

O presidente do México, Felipe Calderón, disse na quinta-feira (19) estar preocupado que o crime organizado e o tráfico de drogas afetem as eleições presidenciais, marcadas para 1º de julho. O ministro do Interior do México, Alejandro Poire, acrescentou que foi negociado um acordo com as autoridades eleitorais para enfrentar as ameaças ao processo eleitoral.

O governo Calderón firmou um acordo com o Instituto Federal Eleitoral para ampliar o sistema de segurança na tentativa de prevenir riscos e ameaças. “Teremos um processo eleitoral em paz com segurança e tranquilidade, mas temos que trabalhar duro para isso”, disse Poire.

O Partido Revolucionário Institucional (PRI), que lidera as pesquisas para a eleição presidencial, anunciou uma proposta para localizar envolvidos em narcotráficos nas campanhas eleitorais e informar às autoridades eventuais suspeitas.

Para o PRI, é fundamental ainda exigir antecedentes criminais e informações sobre investigações dos suspeitos. Por enquanto, o PRI foi o único partido que emitiu uma proposta específica, que planeja criar um comitê interno para acompanhar o assunto.

No México, atuam pelo menos 12 grandes cartéis de tráfico de drogas, armas e pessoas. O governo Calderón declarou guerra a esses grupos organizados, mas a ação deles é contínua e ameaça a segurança nacional principalmente nas áreas de fronteira com os Estados Unidos.

Esses grupos atuam também como intermediadores para imigrantes ilegais mexicanos que querem ir para os Estados Unidos. De acordo com dados oficiais, nos últimos seis anos, mais de 47 mil pessoas morreram no México devido às ações de grupos organizados.

 

Fonte: Agência Brasil

 

Especialistas alertam: não existe profecia do fim do mundo

O jornal peruano El Comercio trouxe esta semana uma reportagem sobre os boatos de que o mundo acabaria em 21 de dezembro de 2012, supostamente uma profecia do povo maia. A matéria tranquiliza as pessoas que embarcaram nesta teoria mostrando que nenhum estudioso contemporâneo defende a veracidade da suposta profecia, que originou dezenas de livros, histórias, novelas e até um filme que enriqueceu muitos à custa de incautos.

De onde vem tanto barulho? O terror começou na década de 70, quando o escritor Frank Waters publicou o livro “México Místico” que mistura suas próprias teorias sobre o passado do México e da América Central com outras provenientes da astrologia, profecias milenares e o continente perdido de Atlântida. Ele chegou a receber uma verba da Fundação Rockfeller para suas “investigações”. O livro fez tanto sucesso que acabou ganhando imitadores, seguidores e até retificadores. Mas nenhum deles questionou a existência da profecia inicial. A confusão foi alimentada de várias formas. Incluindo um pastor evangélico que anunciou o fim do mundo para outubro passado.

O texto jornalístico cita desde acadêmicos renomados até os famosos adivinhos, personagens holísticos que costumam fazer previsões a cada virada de ano – todos negando o boato. Como o “brujo mayor” do México, Antonio Vázquez, que raramente acerta suas previsões, e classifica este boato como “a maior mentira do mundo”.

Autoridades acadêmicas também negam a profecia. O Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) do México, um dos mais prestigiados centros de investigação social do mundo, decidiu esclarecer os fatos. Em dezembro do ano passado, organizou um ciclo de conferências com reconhecidos profissionais – astrofísicos, historiadores e epigrafistas. A conclusão: não há em torno dessa suposta profecia uma má interpretação, mas um deliberado interesse de certos “profetas” modernos em criar alvoroço ao anunciar uma hecatombe. “Não se preocupem, os maias não previram o fim do mundo em 2012. O que vai acontecer em dezembro de 2012 é somente o fim de um período, o mundo não se acaba. O mundo segue, termina um ciclo e começa outro”, assegura o organizador do colóquio, Stanislaw Iwaniszewski, especialista em arqueoastronomia.

O professor Erik Velásquez, da Universidade Nacional Autônoma de México (UNAM), especialista em cultura maia, explicou que o livro de Frank Waters é uma “mistura de crenças”. “Em seu livro ele diz que os escritos do monumento 6 de Tortuguero, em Tabasco, anunciam o suposto fim de um Quinto Sol (que é uma concepção mexicana, não maia) e a chegada de uma nova humanidade, o Sexto Sol”, exemplifica. Ou seja: o final de uma era e o começo de outra. Uma nova era que, segundo Velásquez, rendeu ganância a quem decidiu escrever sobre ela.

Para os epigrafistas, os maias criaram um calendário com base em um período de 400 anos denominado ‘baktunes’. Segundo ele, cada era era composta de 13 ciclos de 400 anos que somavam 5.125 anos e, segundo sua conta, a atual se concluiria em dezembro de 2012.

Segundo a história e a arqueologia – diz a historiadora Laura Caso Barrera – povos e culturas distintos pegam outras crenças e profecias e as interpretam segundo sua própria visão. Isso aconteceu desde o século XVIII com os decendentes dos maias que, depois da conquista, se dedicaram a escrever estes livros relatando a história de sua civilização. Aí se encontra a única profecia sobre o fim do mundo que se conhece desta cultura e que é apenas uma recriação de outra, do século III a.C., que por sua vez retoma outra de origem babilônica.

O astrofísico Jesús Galindo, também da UNAM, esclareceu que embora os maias tenham sido grandes astrônomos, ninguém – nem os maias nem toda a tecnologia e ciência moderna – poderia prever o fim do mundo.

Curiosidades sobre o Natal no México

SAUDAÇÃO: “Feliz Navidad”

As Tradicionais Posadas:

De 16 a 24 de dezembro, estas festas se celebram em todo o México: durante nove noites, os mexicanos comemoram a História de Maria e José, quando buscavam um lugar onde resguardar-se na viagem a Belém, antes do nascimento de Jesus.

 Os participantes levam simbolicamente os peregrinos Maria e José a pousar, acompanhando-os com velas e cantos. A cada noite a festa é em uma casa diferente. Parte essencial da festa das posadas é a Piñata, que é um pote de barro cheio de doces e frutas que é suspensa por uma corda. As crianças tentam quebrá-la de olhos vendados com um pedaço de pau, quando conseguem, todos se atiram a recolher as guloseimas.

Día dos Santos Inocentes

28 de diciembre

É um dia em que todos pregam peças, pois, segundo a tradição, quando o rei Herodes soube que Jesus nascera e que seria o Messias, mandou matar todos os pequenos com menos de um ano, acabaram, nessa tradição, encontrando Maria que trazia Jesus ao colo coberto, quando os guardas lhe perguntaram o que tinha, disse-lhes que nada e pediu um milagre ao céu. Quando os guardas tiraram o manto, lá só havia um ramalhete de flores, enganando os guardas assim.

Epifanía

6 de janeiro é a festa de reis, as crianças recebem presentes e se serve a tradicional rosca de reis, biscoito redondo recheado de frutas secas significando os presentes que os reis trouxeram a Jesus. Nela se esconde uma figurinha que simboliza o menino Jesus e quem a encontra deve dar uma festa no dia 2 de fevereiro pois foi abençoado por encontrar o menino Jesus.

México é o país mais perigoso do mundo para jornalistas

O México é, pelo segundo ano consecutivo, o país mais perigoso do mundo para
exercer a profissão de jornalismo, segundo o relatório anual publicado na última
segunda-feira pela ONG Campanha Emblema de Imprensa (PEC, na sigla em inglês).

Esta organização com estatuto consultivo da ONU, fundada em 2004 por jornalistas
de vários países, registra um número de “pelo menos” 12 jornalistas assassinados no
México em 2011 e o relaciona à “guerra entre o Exército e os cartéis do tráfico de
drogas no norte do país”. Mas a entidade indica que “o registro poderia até ser mais
elevado se levados em conta vários casos não resolvidos de desaparecidos”.

A PEC registra 106 jornalistas assassinados no mundo ao longo de 2011, 105 em 2010
e 122 em 2009 (32 deles massacrados em um só dia nas Filipinas).

“Este ano foi particularmente perigoso para numerosos profissionais da imprensa
devido às revoltas em países árabes. Pelo menos 20 jornalistas perderam a vida
no exercício da profissão durante a cobertura desses eventos”, disse o secretário-geral
da PEC, Blaise Lempen. “Outros 100 representantes da imprensa foram alvo de ataques,
assédio, prisões ou ficaram feridos durante os fatos no Egito, Líbia, Síria, Tunísia e
Iêmen”, acrescentou.

O Paquistão foi novamente o segundo país mais violento, com 11 jornalistas assassinados,
sobretudo na fronteira com o Afeganistão. A lista segue com Iraque e Líbia (7 jornalistas
assassinados), Filipinas, Brasil e Honduras (6 em cada), Iêmen (5), Somália (4), e
Afeganistão, Egito, Índia, Rússia e Peru (3 em cada).

Dois jornalistas morreram no Barein e Tailândia e outros 23 profissionais de imprensa
foram assassinados em outros tantos países e territórios.

Por regiões, a América Latina foi o lugar mais perigoso para o jornalismo em 2011,
com 35 profissionais assassinados durante o ano. Segundo a PEC, a evolução da
situação na América Latina é “preocupante”, já que, além dos assassinatos de jornalistas,
“multiplicaram-se as ameaças e ataques contra a imprensa”.

“A liberdade de imprensa está ameaçada em vários países devido às manobras dos governos
que tendem a controlar as informações mediante o descrédito e a intimidação dos jornalistas,
o assédio sobre o plano judicial e a autocensura”, afirma o relatório.

No caso dos países árabes, segundo a PEC, um ano depois do início da revolução na Tunísia –
que desencadeou a Primavera Árabe, o progresso “foi lento no terreno e os hábitos do
passado seguem restringindo a liberdade de expressão”.

“Os jovens que se expressam através das redes sociais, nos blogs e nas ruas continuam
enfrentando o uso da força”, disse a presidente da ONG, Hedayat Abdel Nabi.

As mulheres jornalistas em particular “pagaram um preço muito pesado na Primavera Árabe,
durante a qual foram alvo de numerosos casos de violência sexual no Egito e Líbia”, declarou.

No terreno positivo, a PEC destaca que há uma maior tomada de consciência por parte de
governos e organizações internacionais sobre o fato de que a profissão de jornalista enfrenta
riscos maiores e deve se beneficiar de uma maior proteção em razão da multiplicação dos conflitos.

 

Fonte: EFE

Aumento da pobreza marca campanha eleitoral no México

 

 

 

 

 

 

 

 

Quando Felipe Calderón tomou posse como presidente do México,
há cinco anos, ele prometeu reduzir a pobreza no país. Ao invés
disso, milhões de mexicanos passaram a engrossar essa estatística.
A pobreza é vista como um fator que atravanca o crescimento
econômico do México e alimenta os violentos cartéis do narcotráfico.
O debate a respeito desse problema tem dominado o discurso dos
candidatos à sucessão de Calderón na eleição presidencial de julho.

À esquerda e à direita, os políticos prometem maneiras de ampliar
a arrecadação tributária, melhorar o sistema educacional e reduzir
a concentração de riquezas. Mas a tarefa para o próximo presidente
será gigantesca, ainda mais porque mais de um quarto da economia
mexicana está no setor informal. O México é a terra do homem mais
rico do mundo, Carlos Slim. No final do ano passado, ele tinha uma
fortuna estimada pela revista Forbes em US$ 74 bilhões, algo
equivalente a 6,6% da produção econômica do México em um ano.

A poucos quarteirões da Bolsa mexicana, dominada pelas empresas
de Slim, Marcial Maya ganha cerca de 80 pesos (US$ 5,80) por dia
vendendo castanhas, chicletes e cigarros nos semáforos. Nesse ritmo,
ele precisaria trabalhar durante 35 milhões de anos, sem tirar folga
nem gastar um tostão, para se equiparar à fortuna de Slim. “Eu tenho
seis filhos, quero que eles estudem, mas estou a ponto de pedir a eles
que saiam da escola”, disse Maya, de 37 anos. “Simplesmente não
tenho mais como sustentar.”

Cerca de metade da população mexicana vive abaixo da linha de
pobreza, e o país não foi capaz de imitar a outra grande economia
latino-americana, o Brasil, em seus avanços significativos contra
a pobreza.

Anos perdidos

A crise econômica mundial é parte do problema, especialmente porque
o México é muito dependente das exportações para os EUA. Mas Calderón
também é criticado por não ter conseguido estimular a economia interna.
Desde 2003, o crescimento médio do PIB mexicano foi de 2,2 por cento ao ano,
cerca de metade da taxa geral para a América Latina e o Caribe.

Entre 2006 e 2010, o número de mexicanos que vivem com até 2.100 pesos
(US$ 150) por mês saltou de 45,5 milhões para 58 milhões, segundo a Coneval,
órgão governamental de estatísticas. Em 2008, o governo alterou a definição
oficial de pobreza, passando milhões de pessoas para a classe média. Mas,
mesmo pela nova metodologia, o número de pobres subiu mais de
3 milhões desde então, chegando a 52 milhões.

Os 10% mais ricos da população mexicana ganham em média 27 vezes mais
do que os 10% mais pobres, de acordo com a OCDE (Organização para a
Cooperação e o Desenvolvimento Econômico). Nos EUA, por exemplo,
a disparidade entre os mais ricos e os mais pobres é de 14 vezes.

O principal programa mexicano de combate à pobreza, chamado Oportunidades,
beneficia 5,8 milhões de famílias, principalmente em zonas rurais. A verba para o
programa mais do que dobrou desde 2003, e mais de 1 milhão de pessoas
adicionais passaram a ser beneficiadas. O programa inclui atendimento de saúde
e educação para os mais necessitados.

Mas o México ainda investe bem menos nos programas sociais do que o Brasil.
Em 2009, o governo mexicano destinou 11,2% do PIB para os programas sociais,
contra 27% no Brasil, segundo a Cepal (agência da ONU para estudos econômicos
da América Latina e Caribe). Enquanto no México a pobreza avança, o Brasil
conseguiu tirar cerca de 40 milhões de pessoas da pobreza durante os oito anos
de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Favorito para a sucessão de Calderón, Enrique Peña Nieto, do Partido
Revolucionário Institucional (PRI), diz que o México não está criando empregos
suficientes. Ele propõe que todos os mexicanos tenham direitos a benefícios de
saúde, seguridade social e seguro-desemprego. Mas as propostas de Peña Nieto
seriam custosas, e talvez ele não tenha maioria no Congresso.

“Custa muito dinheiro: 4 ou 5, talvez 6% do PIB, e a única forma de financiar
isso é com uma grande reforma tributária”, disse Jorge Castañeda, que foi
chanceler do paisnno governo de Vicente Fox, do Partido Ação Nacional,
ao qual também pertence Calderón.

 

Fonte: Reuters

Maias previam retorno de um deus em 2012, e não o fim do mundo, diz estudo

Representações gráficas do deus maia Bolon Yokte

As previsões dos maias para dezembro de 2012 não se referem ao fim do mundo, mas ao retorno do deus Bolon Yokte, que voltaria ao término de uma era e ao começo de outra, segundo uma nova interpretação divulgada nesta semana pelo Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) do México.

Os especialistas Sven Gronemeyer e Barbara Macleod, da Universidade da Trobe (Austrália), divulgaram uma nova interpretação das inscrições maias do sítio arqueológico de Tortuguero, durante a 7ª Mesa Redonda de Palenque, realizada no estado mexicano de Chiapas. A data de 21 de dezembro de 2012 citada nas inscrições do povo indígena maia gerou diversas especulações sobre supostas “profecias maias do fim do mundo”, versão que foi rejeitada pelos arqueólogos e epigrafistas. Segundo os especialistas, os maias criaram um calendário com base em um período de 400 anos, denominado Baktun. Cada era é composta por 13 ciclos de 400 anos, que somavam 5.125 anos, e, segundo a conta, a era atual concluiria em dezembro de 2012.

Gronemeyer explicou que, de acordo com a visão maia, no final de cada era, completava-se um ciclo de criação e começava outro. Nesta inscrição, menciona-se que 21 de dezembro “seria investida a deidade Bolon Yokote”, um deus vinculado à criação e à guerra, que participou do começo da atual era, iniciada em 13 de agosto do ano 3.114 a.C. O epigrafista alemão indicou que essa inscrição está ligada à história da cidade maia de Tortuguero, na qual se cita o governante Bahlam Ajaw (612-679 d.C.) como futuro participante de um evento do final da era atual. O texto de caráter narrativo, segundo Gronemeyer, mostra que os governantes maias deveriam “preparar o terreno para o retorno do deus Bolon Yokte, e que o Bahlam Ajaw seria o anfitrião de sua posse”.

Conforme este prognóstico, o deus Bolon Yokte presidiria o nascimento de uma nova era, que deverá começar em 21 de dezembro de 2012, e supervisionaria o fim da era atual. “A aritmética do calendário maia demonstra que o término do 13º Baktun representa simplesmente o fim de um período e a transição para um ciclo novo, embora essa data seja carregada de um valor simbólico, como a reflexão sobre o dia da criação”, comentou Gronemeyer.

O epigrafista mexicano Erik Velásquez disse que, para os escribas maias, a história como uma narração de eventos humanos foi uma preocupação secundária. Eles se centravam nos rituais de qualquer tipo, por isso, “as inscrições mostram relações complexas entre o tempo, as esculturas e os prédios”. “Na antiga concepção maia, o tempo se construiu tal como as esculturas e os prédios que as continham, os períodos tinham consciência, vontade, personalidade e se comportavam como humanos”, acrescentou Velásquez.

Fonte: EFE

México faz leilão de dólares para evitar desvalorização de moeda

O governo do México anunciou a reativação, desde ontem, de um sistema de leilões diários de dólares para prover liquidez ao mercado e evitar uma maior desvalorização do peso mexicano. As informações são da agência Ansa.

A Comissão de Câmbios, subordinada ao Ministério da Fazenda, anunciou que leiloará US$ 400 milhões por dia no caso do peso se desvalorizar ao menos 2% em relação ao tipo de câmbio determinado no dia anterior. Estes leilões já tinham sido ativados em outubro de 2008 durante a crise financeira dos Estados Unidos e foram suspensos em abril de 2010.

Nas últimas duas semanas, a moeda mexicana vem operando em níveis mínimos, impactada principalmente pela crise da dívida na zona do euro. A comissão também anunciou a suspensão dos leilões mensais de opções que davam direito à venda de dólares ao Banco Central do México e que servia como um mecanismo para acúmulo de reservas internacionais.