Publicado em 22/11/2011
Em 2011 o Peru celebra cem anos de redescobrimento da cidade histórica de Machu Picchu. Os escritores Sergio Vilela e José Carlos de la Puente (que é historiador), lançam um livro sobre o assunto.
Veja o vídeo aqui: http://elcomercio.pe/player/1326935
Nos últimos dias a imprensa panamenha só discute e questiona uma lei. A “Lei Cenoura” foi imposta pelo governador do Panamá, Mayin Correa e tem como objetivo controlar horários dos bares e boates da região. A intenção é combater a criminalidade e assim trazer mais segurança para população. Será um retrocesso, uma suposta lei ditatorial e sem fundamento algum? Todos estes questionamentos vieram à tona nos principais veículos de comunicação. Apesar de alguns serem neutros (como no site do La Prensa) e apenas informar da nova lei já vigorando no último dia 11 de novembro e as indignações contra ela. As reações negativas e revoltas contra a tal lei são defendidas com grande força pela associação de bares, boates e afins. A lei limita os horários na seguinte maneira: de domingo a quarta-feira das 09h00 ás 02h00 e quinta a sábado 09h00 as 03h00. Na opinião de Rafael Zabellos, líder da Fundação Jovem e Segurança, esta lei é “ineficiente” e acrescentou afirmando que a medida não cumpre sua verdadeira finalidade que seria combater os índices de criminalidade do país. Alguns veículos acreditam num retrocesso (no site do Panamaamerica), pois afirmam que a população deve se comportar como nos anos 70. Época onde as festas e consumo de bebidas alcoólicas eram feitas em horários de matinê. Todo este comportamento pode afetar o turismo do Panamá. Como também prejudicar a economia de certo modo, pois inibe os turistas das diversões noturnas e do consumo controlado. Bem, toda esta discussão é bem pertinente, pois até onde tal medida pode afetar a relação poder público e interesses econômicos de uma nação. Alguns internautas posicionaram a favor da lei. Argumentaram dando exemplos de países como Inglaterra que possui horário limite (em seus pubs) para venda de bebidas alcoólicas e que nos EUA existem leis bem rígidas sobre o tema. Segue link dos principais jornais do Panamá discutindo sobre a polêmica “Lei Cenoura”: La estrella Prensa Panamaamerica
Devido ao trabalho realizado na Espanha para a construção de estradas de Metro Linha Um do Panamá, a rota tradicional desfile patriótico será substituída este ano pela Calle 50. pátrias para as atividades, dias 3 e 4 novembro, as duas rotas oficiais de desfiles são: Casco Viejo, de Bolivar Park para Balboa Avenue, atrás do Teatro Metro de idade. Enquanto a rota terá início a partir 50th Street Aquilino de la Guardia Street para 60 Street East, antiga casa de Columbus University. Este ano serão mais de 80 delegações participantes alunos, cerca de 54 instituições governamentais e cerca de 12 bandas independentes, a ser distribuído entre ambas as rotas Fonte: Jornal Prensa Confira o mapa do desfile.
A vitória do PRI no México, em Michoacán, dá grande estímulo para o partido à frente das eleições presidenciais de 2012. A campanha que precedeu a eleição que elegeu o candidato do PRI, Fausto Vallejo, como governador de Michoacán nas eleições de domingo (dia 13 de novembro), foi repleta de polêmica. O candidato Fausto Vallejo, do Partido Revolucionário Institucional (PRI, opositor) do México, vencia com 35,38% dos votos a irmã do presidente, María Luisa Calderón (32.67%), as eleições pelo governo do estado de Michoacán (oeste), com 97% das urnas apuradas, disse a autoridade eleitoral nesta segunda-feira (dia 14). Em terceiro lugar, com 28,89%, está Silvano Aureoles, candidato do Partido da Revolução Democrática (PRD, esquerda), formação que governava Michoacán desde 2002.
Calderón, irmã do presidente Felipe Calderón, se candidata pelo governista Partido Ação Nacional (PAN). A briga em Michoacán, terra do presidente, foi precedida de uma onda de violência atribuída aos cartéis La Familia e Caballeros Templarios, que incluiu o assassinato de um prefeito e a renúncia de vários candidatos por medo de serem alvo de ataques.
Os resultados dos 113 municípios começaram a sair mais rapidamente na madrugada desta segunda-feira, depois de uma noite de tensão na qual três candidatos se declararam vencedores. O dia de eleições, nas quais 1,5 milhão de cidadãos votaram, transcorreu em um ambiente de tensão em algumas regiões por ameaças dos cartéis.
Um jornal regional publicou no sábado um aviso sem assinatura, no qual se advertia sobre eventuais represálias violentas contra aqueles que votassem na irmã do presidente. Na cidade de La Piedad, onde em 2 de novembro um comando armado assassinou o prefeito, do Partido Ação Nacional, muita gente se absteve de votar por temer ameaças. Mais de 10.000 oficiais, entre militares e policiais, 800 veículos e 17 aeronaves foram mobilizados para custodiar as eleições, no final das quais as denúncias mais graves se referiam a incidentes como roubo de cédulas eleitorais e compra de votos.
Um comando matou o prefeito de La Piedad (no norte do México), Ricardo Guzman Romero (foto), na última terça-feira, com um tiro no peito durante campanha em favor do candidato do seu partido, o PAN. O grupo armado invadiu um comício. O crime aconteceu a 11 dias da eleição de Michoacan, que vai renovar prefeito e governador. Segundo a AFP, o Estado de Michoacan tem população de 4,3 milhões de pessoas e é um dos mais afetadas pela violência do tráfico de drogas no México. É lá que opera o cartel de drogas “La Familia”, um dos mais sanguinários do país, que disputa com o cartel “Los Zetas” e outros. Este já é o quarto prefeito morto na administração do governador de Michoacan, Leonel Godoy Rangel. O primeiro assassinato ocorreu em Michoacan, no dia 2 de junho de 2008, o prefeito de Villa Madero, Marcelo Ibarra Villa, foi interceptado por homens armados, que atiraram nele após assalto. Em 25 de fevereiro de 2009, Octavio Manuel Carrillo Castellanos, prefeito de Vista Hermosa, foi assassinado a caminho de casa. Gustavo Sanchez Cervantes, prefeito substituto de Tancítaro, – o prefeito eleito e conselho da cidade pediram demissão por causa de ameaças do crime organizado-, juntamente com seu secretário particular, foram executados em uma área de Uruapan, em setembro de 2010. Já a prefeita de Tiquicheo, Maria Santos Gorrostieta, sobreviveu a dois ataques de organizações criminosas, um dos quais matou seu marido, José Sanchez.
GIORNALE LA STAMPA.IT Publicado por: Joaquina
Um livro desmonta a boa imagem de Kennedy:"Era um homem sem escrúpulos”. “John Kennedy derrotou Richard Nixon enganando-o com pó facial e seduziu a América com uma citação roubada do diretor da própria escola”. Estas são algumas revelações feitas pelo jornalista e comentador político americano Chris Mattews em Jack Kennedy, Elusive Hero, no qual revela detalhes inéditos da vida de um dos presidentes mais populares dos EUA. O clássico debate Nixon -Kennedy foi o primeiro na TV entre dois candidatos à Casa Branca e o primeiro a comprovar a força do marketing político quando o assunto é amealhar votos através da boa aparência física que um político possa transmitir. Como é sabido, no dia do duelo de 1960, Kennedy apareceu na TV com um aspecto limpo, jovial e saudável, enquanto Nixon (que estava se recuperando de problemas de saúde) aparecia no vídeo suado, pálido e com uma aparência meio cansada. No entanto, segundo revelações de Mattews, baseadas em entrevistas à equipe de Nixon,o debate foi precedido por um acordo entre os candidatos, e entre outras coisas, seria proibido fazer uso, no dia do debate, de qualquer tipo de maquiagem. O pedido teria partido do próprio Kennedy, e Nixon teria aceitado e mantido o acordo (como era notório no vídeo). Porém, no último momento a equipe de Kennedy violou o acordo e o maquiou com uma leve base e um pouco de pó facial. Maquiagem suficiente para torná-lo bronzeado, bem cuidado, dando uma sensação de frescor, juventude e modernidade aos 70 milhões de americanos que assistiram ao golpe pela TV. Os cuidados estéticos de Kennedy em detrimento da aparência doentia e decadente de Nixon, mostraram-se decisivos no resultado do pleito de 1960. Outro truque de Kennedy revelado por Mattews, refere-se à clássica frase pronunciada no discurso de posse na Casa Branca em 20 de janeiro de 1961: “Não pergunte o que a nação pode fazer por você.Pergunte o que você pode fazer pela nação”. Para Mattews, uma das frases mais populares de Kennedy, não seria de sua autoria,mas uma paráfrase ou plágio do que dizia o diretor da escola Choate, in Connecticut, que tinha frequentado nos anos 30. George St. John, o diretor da escola, em pelo menos duas ocasiões havia dito aos estudantes: “ Não pergunte o que esta escola pode fazer por você.Pergunte o que você pode fazer por esta escola”. Entre outras revelações contidas no livro, o autor descreve as relações difíceis de Kennedy com a mãe (que nunca o amou) e com o pai- com quem o irmão Robert tinha uma relação muito mais próxima, traçando o perfil de um filho crescido num ambiente familiar distante.Também por isso, a paixão dele pela política não teria sido gerada pela morte (na guerra) do irmão Joe Jr, tese que sempre fora sustentada pelos historiadores, mas pelo fato de que durante a adolescência fora um leitor assíduo das páginas do NEW YORK TIMES e dos escritos de Churchill. Em relação aos anos passados na Casa Branca, Mattews afirma ter encontrado registros de uma conversa na qual John F. Kennedy admite ter tido um papel na morte do presidente sul-vietnamita Ngo Ding Diem em um golpe de estado que aconteceu em Saigon há menos de três semanas do seu assassinato em Dallas. Assista ao debate: http://www.youtube.com/watch?v=3KTSomm9QYo Fonte: La Stampa
Publicado em 03/11/2011 por joaquina1234 Giornale: Corriere della sera.it Segundo fontes médicas, o tumor de três centimetros seria maligno. O político, 66 anos começará a fazer quimioterapia. O ex-presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, está com câncer na laringe de natureza maligna. Foi anunciado através de um comunicado divulgado pelo hospital Sirio-Libanês de São Paulo. Depois de efetuados os exames neste último sábado, já foi definido o tratamento inicial da quimioterapia, que começará nos próximos dias. ” O paciente está bem e deve seguir um tratamento do tipo ambulatorial”. Lula, presidente até 31 de dezembro de 2010, tem 66 anos. CHECK UP- Lula submeteu-se sábado a um check up de rotina. Uma endoscopia indicou que se trata de um tumor entre dois e três centímetros. Segundo informações do jornal “O GLOBO”, os médicos do hospital de São Paulo estão otimistas. Lula foi ao hospital porque se queixava de dores na garganta e apresentava uma rouquidão maior do que a habitual. A PRESIDÊNCIA- Ex-operário metalúrgico, Lula deixou o poder depois de 8 anos de presidência, tendo concluido seu mandato com uma popularidade record de 80%. Durante seu mandato, adotou políticas sociais que permitiram a mais de 29 milhões de brasileiros sairem da pobreza e colocou o Brasil no centro das atenções diplomáticas internacionais. A sua presidência foi, porém, manchada pela decisão, tomada no último dia do seu mandato, de não conceder a extradição do ex-terrorista Cesare Battiste, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro homocídios. Lula, que favoreceu a vitória à presidência de sua protegida política Dilma Roussef,tem mantido um papel de coordenação política em seu partido( PT)e tem realizado nos últimos meses, uma intensa atividade como conferencista, viajando pelo mundo e recebendo diversas honras e títulos, entre os quais, recebeu a laurea Honoris Causa na Sorbonne, em setembro deste ano.
CORRIERE DELLA SERA.IT A nova legislação sobre a compra e venda de propriedades na ilha é aplicável apenas aos residentes Milano- Reviravolta no mercado imobiliário cubano. O governo permitirá aos seus cidadãos comprar e vender imóveis pela primeira vez em 50 anos. A lei entrará em vigor a partir do dia 10 de novembro. A LEI- A reforma é até o momento a mais importante entre as já realizadas pelo governo de Raul, com o intuito de atualizar o modelo socialista no país e inseri-lo gradativamente numa economia de mercado. Raul Castro alega que a medida visa a dar mais vida à economia na ilha. Que, aliás, já está previsto um crescimento de 2,9%. A nova lei será aplicada apenas aos cidadãos cubanos e aos residentes permanentes no país. Outros detalhes da lei serão publicados na gazeta oficial do governo. Cuba enfrenta uma grave crise habitacional e o precário estado dos imóveis representa um dos maiores problemas sociais no país há 50 anos. Atualmente os cubanos podem apenas mudar de propriedades através de complicados acordos de permuta ou através de obscuros acordos realizados no mercado negro.
REVISTA LIMES: REVISTA ITALIANA DE GEOPOLÍTICA Publicado em 28 de outubro de 2011. A vitória prevista de Cristina à presidência foi atribuída à ausência de um projeto alternativo em escala nacional. Eleições presidenciais na Argentina, com 78,4% dos votos apurados, Cristina Kirchner consegue 53,4% dos votos. Não é a vitória com a maior pontuação na história eleitoral da Argentina que chama atenção, mas a grande diferença em relação ao segundo candidato, o socialista Hermes Binner, com 17,18% dos votos. Além da vitória presidencial, no que diz respeito ao mapa político nas províncias, as eleições também deram a hegemonia à Cristina Kirchner. Sete dos oito governadores, em particular, saíram vitoriosos: incluindo o de San Luis, um reduto da história da família Rodriguez Saa. Por ter sido uma vitória anunciada, há pouca coisa a se acrescentar às analises feitas antes das eleições, já que todos os candidatos eram peronistas e/ou de esquerda–pelo menos é dessa maneira que se auto-intitulam. Um resultado local interessante foi o de Vicente López, cidade localizada na região metropolitana de Buenos Aires,onde o candidato a prefeito Kirchnerista foi dramaticamente derrotado por Jorge Macri, primo do chefe de governo da cidade de Buenos Aires (Maurício Macri) e um destaque em seu partido, que pela primeira vez começa a superar os limites da cidade. Isso confirma que Macri é o único líder da centro-direita com potencial para ser um anti-K. Segundo grande parte dos analistas, isso acontecerá em quatro anos, quando Cristina será proibida constitucionalmente de se reeleger pela terceira vez consecutiva. Torcuato di Tella, um intelectual especialista em Peronismo faz uma análise a partir do Caudilhismo como solução dos problemas de integração das populações rurais latino americanas que chegam nas cidades.Esses órfãos dos “três pais” que os protegiam no campo (o pai, o padre e o latifundiário) se dirigem a um “quarto pai”, fardado, que vem para ocupar o lugar de protetor. Enquanto responderem às necessidades similares àquelas que na Europa fizeram nascer os partidos social-democratas, o peronismo não vê o movimento operário se organizar em torno de um líder proveniente da própria classe operária, mas sim por um líder proveniente das classes superiores.Esse padrão de partido centralizador peronista poderia se assemelhar aos democratas nos EUA ou a certos partidos democrata-cristãos. O analista político Julio Burdman observou que todos os candidatos da oposição se colocavam na área da esquerda moderada ou na peronista. Não eram de fato oposição à Cristina e empecilho a sua vitória (que acaba sendo mais representatativo) porque além da esquerda, o peronismo cobriria também um espaço moderado até então ignorado e que se exprimiria com tendências conservadoras similares a de muitos governadores. A falta de uma oposição carismática e de destaque na imprensa, conta a favor do triunfo de Cristina. Aliás,só os Kirchiner tiveram a capacidadede reunir anti-política,liderança local, carisma midiático e o pouco que podia ser salvo pela política tradicional. Que, justamente, na turbulência da crise Cristina viria a se tornar a lembrança da Santa Evita salvadora dos desvalidos e indigentes.
Um dos assuntos mais noticiados hoje pelos sites de jornais colombianos foi o anúncio feito pelas Farc-EP(Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia–Exército do Povo) que seu novo chefe máximo é Rodrigo Londoño, também conhecido como Timoleón Jiménez e Timochenko. A informação foi divulgada 11 dias após a morte do comandante do grupo guerrilheiro Alfonso Cano numa operação militar do governo colombiano.
Segundo os jornais El Tiempo e El Espectador, Timochenko é dos chefes do bloco da guerrilha da região do rio Magdalena, é responsável pela inteligência do grupo e foi eleito por unanimidade pelo secretariado do grupo insurgente. Com cerca de 60 anos, Timochenko comanda desde o dia 5 de novembro as Farc. Na longa lista de acusações que pairam sobre o chefe maior da organização estão 117 ordens de captura por delitos de terrorismo, sequestro, rebelião, homicídio, além de uma circular vermelha da Interpol. O governo norte-americanoestabeleceu uma recompensa de US$ 5 milhões por seu paradeiro. Ainda ontem, segundo o El Espectador, o ministro do interior Germán Vargas Lleras advertiu que o comandante guerrilheiro tornou-se o mais novo objetivo militar do governo colombiano.
Tudo indica que a ascensão de Timochenko em nada vai mudar a realidade violenta da Colômbia. Afinal, o atual presidente, Juan Manuel Santos segue a política de militarização e de parceria com os Estados Unidos de seu antecessor Alvaro Uribe. Não por acaso, Washington oferece recompensa por informações sobre Timochenko.
Essa situação da Colômbia foi analisada pela professora de relações internacionais da USP, Deisy Ventura, numa entrevista concedida à TV Estadãono ano passado. Para a acadêmica, Uribe priorizou a segurança em vez de investir na área social, onde se concentra grande parte dos problemas daquele país. Ela também critica a opção pela luta armada das Farc, o que estimula ainda mais a militarização do governo colombiano. O ideal, segundo Deisy, seria que as Farc abandonassem as armas, libertassem os reféns que mantêm em cativeiro e atuassem na política institucional como alternativa ao governo de Santos.
O agravante é que há denúncias de que tanto os guerrilheiros, quanto os grupos paramilitares, que combatem a guerrilha, e até mesmo o governo mantêm negócios com o narcotráfico. Como não há perspectivas de Santos acabar com a guerrilha ou das Farc tomarem o poder, nem dos narcotraficantes serem eliminados, o povo colombiano tende a continuar sofrendo com a violência no país.
História da América 